Visão do poeta
A visão do todo me incita à falha
Do modo de pensar e pesar minh´essência
Na minima realidade da existência
Parca e pálida de uma vida só - entalha
E ainda só lamento algumas dores
De um pensamento na imensa Mente
Desnuda de características formas e cores
E que muda mais que a palavra ausente
Escória da esbórnia então vigente
De quando em quando o nada, eloquente
Reaparece meditando silencioso
E esbarro na realidade não criativa - ocioso
Eu, o mínimo do minimo existente
Menor que o verme sem pensar dormente
Comparado ao universo do poeta-deus
Longânima-mente incomparáveis - eus
De qualquer causa ou coisa conhecida
Pensa mente insólita e descabida
Restrita ao meu modo de pensar e não sentir
Consumida pela dor da inquietude do porvir.
Por isto mesmo talvez ilude - este lado
O saber e não saber de algo ainda pendente
De falha em falha chego ao meu ocaso
Nada valem letras mortas ao poeta indiferente
Frente a tantas obras incertas e inocentes
Para o aedo definem em si mesmas a solicitude
Das novas realidades incoerentes
Incomparáveis e incompatíveis com tal magnitude
Moisés
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