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XADREZ E FILOSOFIA

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A METODOLOGIA COGNITIVA EM CAMADAS OU METODOLOGIA REPOLHO

Meu escritório prático para o desenvolvimento de inteligencia e riqueza: minha mente. +55 98 987 575 079 ( Moisés de Brito) METODOLOGIA COGNITIVA EM CAMADAS OU METODOLOGIA REPOLHO

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Avesso



Imagine a vida ao contrário
Começando com a morte
Você morreu.
Começa a sentir a dor aos poucos
Junto com a consciência que passa a clarear a realidade
E a dor que era pouca aumenta
Chega ao ápice
Começa o declive
Após então cada espaço de tempo
Você se Vê
Descasando
Seu filho volta para o ventre da mãe
A barriga está grande e passa a diminuir
Você passa a esquecer de locais e coisas (não lembrar)
Um dia você esquece sua amada
Seus problemas ressurgem na adolescência
Seu pai está vivo agora
Seu avô, sua avó
De repente você perde a consciência de sí mesmo
Enquanto ser
O tempo passa?
Surge uma escuridão a sua frente
O ventre da mãe
A barriga dela vai diminuindo
Até o momento em que o espermatozoide sai do óvulo
E você viveu
Ou morreu
E não nascerá mais...



Moisés de Brito

Pomas para terceiros



Em algum momento mudou o tempo
Em outro momento mudou o olhar
Logo depois senti, de repente, um enternecimento
Do coração, comecei a mudar (nem sei)

É certo que quando senti era cedo
Pareceu-me estranho este novo sentimento
Que já antigo no mundo, de tão antigo
Causou-me, em meu espírito novo movimento

 E a direção é por demais acertada
Como se fosse uma espera ou um preparo
Cada momento antes vivido nesta estrada
Senti-os na lembrança: andava em desamparo

Dias e dias, noites e noites, longas horas
Mas quando a luz chegou-me percebi, então
Que na minha história nunca tive auroras
E na verdade meus sentidos percorriam a escuridão

E agora sinto cada vez mais forte
Os bons sentimentos que animam os justos e bons
Foste tu quem me deu um novo norte
Meu coração antes sem cor agora brilha em mil tons.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Idéias-luz



Num momento qualquer
Num dia em que o Sol brilha diferente
Dentro da sua cabeça
Iluminando o juízo
E formando cadeias de idéias
Que parecem novas
Mas nem sempre
Escondiam-se debaixo do seu receio de receber luz
Medo, por que isso ainda faz parte?
Num momento especifico o brilho
Não há a necessidade de poder
Não a vontade de correr mais que todos
Apesar de sr um objetivo
Nos iluminando
Apenas correr
provocando para si
A capacidade - a possibilidade
Dentro da sua cabeça, agora
Luz, divina, forte
Seja então você, sejamos nós
Num dia em que o Sol brilhar diferente
Dentro da sua cabeça
Feche os olhos E não deixe a luz sair de você.



Moisés

Respiração


Respirar, posso eu
Respirar sentindo o ar divino encher os pulmões
Oxigenar o cérebro e desprender o pensar do tronco que escraviza
Repensar no momento os sons preferidos em lugar do som
Lágrimas rolando em silencio pelo rosto
Ao sair da voz que agradece
Parece não-eu no tempo passado
Não saber mais conter e conter o grito do amor de Deus em si
Tornar transparente o lago de energias amorosas que fluem
Jorram inescrupulosas
Esverdeando as folhas do Ser que quase seca por falta dela
A alegria pela despedida que não houve
A ar que enche o peito preenche o cérebro e solta o pensar
"Louvor e conexão"
Com o Deus todo poderoso
Mergulho no lago formado pela energia cósmica
Que emana
Porque então o choro? Porque chorar?
Essas lágrimas são a liberdade fluindo
Pelos poros
As palavras convergem e distanciam o nexo Deus
E o pensar é maior que a força que o tenta sufocar
Então a liberdade permite
Encher os pulmões com ar
Divino, e desprender do tronco o Ser real antes aprisionado
A respiração é a chave
Para repensar todos os momentos
E senti-los como realmente são ou como foram
Tornando acessível o profundo do Ser
Ao mergulhar no saber sentir
Pareço não-eu tempo passado
Sou não-eu tempo passado
Agora respirar posso
Mas posso não-eu respirar passado


Moisés


Mesmo autor



Serenamente observar a trajetória da lágrima
Como sofrer seria possível
Diante do tá anátema?
O chorar por chorar
O saber entender o que se entende por chorar
Como sofrer se diz por sí só
Calmamente observar a trajetória da lágrima
Ela chega novamente
E não sou mais que sou
Depois de tudo...
Não, você não entende
Ninguém entende o que
O outro sente


Moisés

ADUNAÇÃO



Assim como a pele toca a pele
Toco teu sentimento com o meu
Da mesma forma como me olhas sem corpo
Também vejo meu reflexo no teu espelho
Da alma
Igualmente tateio o meu redor e encontro
O Ser
Que próximo está
Como fosse uma poesia perfeito
Que todo poeta busca
Mas não sabe reconhecê-la
Busquei
Por ti
Assim como um toque cego acontece
Aconteci
Como o dito e o não dito
Percorri bocas e corpos
Até o eu, até a tua
Presença
Agora À nossa frente está o desconhecido
Mas não nos vem o medo
Nada há para temer
Em nós...
Assim como a pele toca a pele
Toco teu sentimento com o meu
Da mesma forma
 que te entregas me entrego
Em mãos
Assim, sem receio
Sem nexo
Sem mais...
E a solidão se esvai.


Moisés de Brito

Vestígios



Minhas vestes rasgadas
Envergonham meu corpo
Que merece teu abraço
Para cobrir-se
Mas não está seguro
Para ter-te completamente
Assim Meus braços enlaçam teu corpo
Meus beijos te saciam
Mas não sei até quando
Que será de mim?
(...)

No espaço indefinido entre o silencio e a palavra
Digo-te coisas que não sei dizer
No infinito horizonte do teu olhar
Percebo ninha enigmática presença
 Frente a ti
Que locomove-se Lentamente
Dentro da minha mente
E sem pedir ou dizer algo adentra
O mundo novo
A mundo que
Um dia foi só meu.

Moisés de Brito (02/04/2000)

Resistência (1:21h)



Aqui está minha riqueza
Este poema indefinido
Querendo mostrar a face nua
Daquele que confia - em quem confia?
(...)
Ainda assim é virtude
Mesmo sendo isto o bastante para a perda
Da guia que segue-se
Sem ser em direção acertada...
Mostro-me agora sem vestes
Sem escudo
Sem asas, não voarei mais
A liberdade foi-se por vontade
E o que resta pertence a Ti
E resta muito
Resta-me a minha alma
Que poderá também estar
Perdendo-se
Mas não, não é assim...
Aqui está meu tesouro
Esta folha rabiscada
Com desenhos significando
Uma coragem suprema
Aqui encontro-me agora
Desenhando para Ti
O meu destino
Com palavras incertas
Como grãos de areia jogados ao vento
Aqui está minha riqueza
Este poema insólito
Contando cada passo do regresso de alguém
Ao Lar...
Que não é meu
Que está entregue
Que não é muito
Mas faz parte de mim
Como o ultimo suspiro
Apesar de ser o ultimo
Ainda faz parte da vida.



Moisés de Brito