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A METODOLOGIA COGNITIVA EM CAMADAS OU METODOLOGIA REPOLHO

Meu escritório prático para o desenvolvimento de inteligencia e riqueza: minha mente. +55 98 987 575 079 ( Moisés de Brito) METODOLOGIA COGNITIVA EM CAMADAS OU METODOLOGIA REPOLHO

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A expectativa...

A expectativa é isto que corrompe a propria esperança que dá origem.

No futuro talvez haja lembranças, pensamento e solidão.
E sejamos inteiros solitários como sempre fomos distantes do outro (isto no princípio)
O outro e Eu, então, não somos mais nem menos que apenas caminho para longe.
Longe de todos talvez na montanha, talvez no mar.
Resta-nos pensamento de lonjura pois estamos a cada momento em contato conosco; com os vários outros que somos: com ou sem máscaras.
Mas um dia houve possibilidade de silêncio e não calamos. Parados e perplexos diante da verdade do silêncio resolvemos fugir e falar.
E ainda perdidos nas falas e colóquios que superam e muito a nossa capacidade de ouvir: propomos e discutimos.
Dispersas palavras que não mais voltam ao silencio.
Onde as espectativas surgem, surgem logo depois as decepções. Quando expectamos por palavras e elas nos chegam acontece a ruptura do silêncio e ao mesmo tempo do tempo de espera que cessa.
Mas se nos chegam como gestos...
Ainda pensamos para além do que acontece. Sempre estamos querendo mais do que acontece.
As palavras que esperamos são outras que as que nos chegam. Os gestos são outros. Os olhares são outros. Os outros, sempre presentes, nos mostram que nunca seremos mais solitários que no princípio do silêncio antes de descobrirmos que entender e compreender não são o mesmo. E isto nos separa de nós mesmos.É preciso abarcar palavras e silêncio.



otirbedsesiom@hotmail.com

2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Indiferenças sobre a realidade

Não muito distante no passado tive uma imaginação sobre o futuro que porventura viveria.
Era quase real a certeza e quase certa a realidade
Nada vezes nada
Nem os corações humanos parecem corações
E mesmo sentimentos furtivos, fugidios ou lembranças não mais habitam tal lugar - que por isso já é não-lugar.
Por vezes capto imagens de gente que sente. Depois verifico que são atores e fingem - o que acho interessante é que há uma vontade deliberada em fingir assim.
Mas parece-me que eu não sei fingir direito. Há, nos olhares que me miram, sempre uma questão por responder. E ao mesmo tempo é só desconfiança. Esta que cada vez mais cerca as pessoas.
Sinto-me flébil.
Distante agora da vontade de tocar o espírito de alguém resta-me a necessidade de tocar-me e no entanto já não me encontro.
Não há mais o semelhante para resgatar-me deste abismo.
Mas não há.
A proximidade tão querida agora afasta
A distancia antes rara agora é fácil
A melancolia e a tristeza que seriam a exceção - aparecem como regra.
Nada mais pode ser dito sem um ar de despedida.


15/06/07